Até quando uma sociedade alimentará o preconceito, que humilha, destrói e propaga ódio? Que direito possui um mero mortal em direcionar e orientar a vida de um ser humano, limitando-o ao que o mesmo acha coerente perante a Deus? A concepção equivocada do certo e o errado dentro da simbologia do pecado personifica seres segregados que sobrevivem a margem da discriminação. O poder de excomungar os colocam acima de todos. O que faz o dito pecado ser presente no ato do amor? A ignorância, a hipocrisia faz o sofrimento do outro. Ignorar e abominar a diferença são reflexos de uma sociedade deficiente. Com tantas interrogações o pecado torna-se incerto. O respeito, a cumplicidade, a união de pessoas do mesmo sexo é tido como pecado diante de olhos alienados, que são fundamentados no correto que não existe. Qual é o erro em simplesmente amar, mesmo sendo a diversidade? O amor não é um sentimento limitado entre classe, cor ou credo, mas sim a força que estimula os apaixonados a transpor a pureza do lirismo. E seria este proibido ao mesmo sexo? A tudo renunciou o ilustríssimo Oscar Wilde, por um amor e, a ele pesou a condenação de uma sociedade preconceituosa que o desumanizou, no momento que o mesmo deixou de interpretar o personagem admirado por todos. A descaracterização do homem nobre provocou a fúria. Suas obras foram censuradas e rotuladas como promiscuas. A solidão das grades foi a companhia do escritor, que por através delas transmitia o sofrimento de ser amor. Paradoxal ao ato muitos mantém um amor escondido, por não suportarem o preço de uma humilhação, pois o preconceito é uma educação hereditária e, infelizmente a única maneira de ludibriar a proeza é aprender a conviver com ela. Mesmo com está objeção a conquistas admiráveis que procedem pela lentidão burocrática da justiça. Se a justiça é de todos, façamos ser para todos. Parabenizo no ensejo o ato da Argentina que converteu-se no primeiro país da Ámérica Latina a conceder todos os direitos legais aos homossexuais, como a possibilidade de herdar bens e adotar crianças conjuntamente, por meio da "Lei de Matrimônio Igualitário", pela qual o código civil do país foi reformado. Projeto plausível o qual deveria ser seguido por outros países. Tendo o blog o respeito com os seus seguidores disponibilizou no ensejo o espaço para a acadêmica do 3° ano de Direito da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) Márcia Comparin, a qual dissertou a polêmica que fomenta diversas reflexões no âmbito jurídico. "Bom galera utilizo do veículo para falar um pouquinho sobre o tema central do meu TCC, que irei abranger um assunto polêmico, mas de grande importância nos dias atuais: "A UNIÃO HOMOAFETIVA". Com esse projeto quero defender os direitos que os homossexuais tem de se unir como uma casal HETERO considerados normais, no caso a chamada parceria civil registrada.Com a evolução dos costumes e a mudança dos valores, dos conceitos de moral e de pudor, o tema referente à orientação sexual deixou de ser “assunto proibido” e hoje é enfrentado abertamente, sendo retratado no cinema, nas novelas e na mídia. A visão polarizada sempre é extremamente limitante, sendo farto o anedotário sobre gays. A homossexualidade é um fato que se impõe e não pode ser negado, estando a merecer a tutela jurídica, ser enlaçado como entidade familiar, o que não vai transformar a família nem estimular sua prática, pois, conforme diz o Deputado Fernando Gabeira, “ninguém vira homossexual lendo o Diário Oficial". "
Por Sidnei de Oliveira
Colaboradora do Insert: Márcia Comparin