Diante de muita simplicidade de cenários e cortes de cenas não convencionais , transportamos-nos para um galpão localizado na Suécia, no fim de uma estrada que vai até as Montanhas Rochosas, na época da grande depressão estadunidense, com o mínimo de artefatos, tendo apenas poucas mesas e algumas paredes, indicando a função do vazio na ausência , temos a nítida percepção de que todos sabem o que se passa, mas fingem não ver. Condicionamos no ensejo a marcações no chão indicando que ali é a casa de tal pessoa, ou há um arbusto, situamo-nos então na cidade de Dogville, onde os moradores não são capazes de aceitar novas situações, quando são interrompido por fatos misteriosos. A comunicação entre eles parecem ser impossível, nos quais as falas passam longe de significar o que realmente querem dizer. Quando questionados são evasivos, mudam de assunto ou simplesmente respondem outra coisa. O retrato dos moradores é pintado em última instância, por pessoas cruéis, mesquinhas, egoístas e arrogantes. Os habitantes da vila são "cães" que se comportam de forma instintiva, guiados pelas suas necessidades físicas e seus próprios interesses. Eis que surgi neste proscênio , Grace uma bela jovem com um vestido que denota sua origem de família rica, a mesma verbaliza que está fugindo de um gângster. Desse ponto em diante a constante dívida com a comunidade só cresce, tornando ela uma escrava não só de trabalho físico como sexual. Grace jamais foi cativa ou submissa, nunca sentiu real misericórdia e sim, desprezo. A todo momento temos a impressão de que, se ela realmente quisesse, poderia simplesmente ir embora, portanto os verdadeiros prisioneiros da são os moradores. O final catártico faz com que Dogville apresente uma estrutura narrativa herdeira das tragédias gregas. Olá nação Insertiana, depois desta viagem pela magia do cinema, utilizo do espaço para sugerir uma indicação de filme para os apaixonados pela sétima arte, “DOGVILLE” lançado em 2003 e dirigido por Lars von Trier, no qual é estrelando por Nicole Kidman e Paul Bettany entre outros. Este filme faz parte da trilogia "E.U.A. Terra de Oportunidades" tendo como sequência Manderlay (2005) e Wasington. O filme ainda tem um narrador onisciente e é o próprio Lars von Trier quem controla a câmera.Tudo isso são artimanhas do diretor para que o público não se esqueça de que assistem a uma peça de ficção, valorizando o trabalho dos atores. Vale apena assistir.
COLABORADOR DO INSERT: Sidnei de Oliveira.
2 comentários:
o melhor filme que já assisti digno de aplausos em pé.
ameiiiiii!!!
um dos melhores filmes que eu ja assisti...concordo com vocÊ Tico!
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