A overdose de futilidades exibida no fim de semana televisivo, entre tantas asneiras deixou-me a mão calejada em plena segunda-feira, devido a manipulação do controle por meio de milhares de cliques inúteis. O duelo das emissoras defrontaram loiras, ex-gordo contra magro, dono do Baú e, eis que me encontro no meio da guerrilha. Ironicamente falando o que é lindo de visualizar é a prestação de serviço que os mesmos podem proporcionar, só com uma simples cartinha enviada com sorte. No ato posso ganhar uma transformação para a minha autoestima, assim como uma casa toda reformada e não bastando consigo um relacionamento no escuro e de quebra uma viagem de volta para a minha terra. Quantas vantagens em fixar minha atenção aos domingos em frente a TV. Averiguando a criatividade percebo a mudança do verbete, sendo conhecido na contemporaneidade como plágio descarado do que já foi feito. O incrível é ver os índices de audiência serem alimentados na vulgarização do corpo, mulheres esculturais sendo expostas a venda numa vitrine decadente, além de relacionamentos conjugais sendo escancarados sem pudor ao teste de fidelidade. O que supostamente seria um programa jornalístico de credibilidade, na tela apresenta-se no formato de uma revista de fofocas e, quando retoma o percurso torna-se sensacionalista com a desgraça alheia. Os programas de comédia propostamente dito, de cômico não há nada, somente o clichê de praxe, no ensejo me questiono se o objetivo é arrancar risos, estimulando a perplexidade. Enfim, um festival de anedotas que subestima a inteligência do telespectador. Analisando os ingredientes dessa arte cômica de nada aguça a curiosidade, causando apenas uma imagem intragável, contendo na baixaria doses exageradas de apelo sexual e homofóbico. Até parece que todo gay resumi-se na imbecilidade caracterizada pelos engraçadinhos, com tantos gritos e personagens idiotas, tenho saudade do cinema mudo. Salvo dos privilegiados que possui uma TV por assinatura, o qual ressalvo algumas emissoras que pensam em agregar cultura de qualidade para seus clientes. Contrapondo a inserção cultural o canal aberto esporadicamente tenta agregar uma cultura elevada, mas acaba não sendo compreendido e, esta falta de entendimento e aceitação faz das emissoras apostarem na mesmice de sempre, antes uma audiência em massa, do que um público seleto apreciando arte e, como tudo gira em torno da busca de liderança, a baixaria abomina a cultura dominando o topo. Esta desaprovação é a prova do condicionamento que as emissoras nos coloca todos os domingos. Como mudar costumes fúteis que a anos expõem bundas falantes? O império das bundas progredi por etapas na TV brasileira saindo do “Roda, roda e avisa” do “Conga La Conga”, mergulhando na piscina de sabonete, passando pela depilação, remexendo o ventre com passos coreografados , segurando o tcham, desafiando a gravidade da maisena, duelando entre loiras e morenas, confinando-se em reality, no sabor de diversas frutas e, assim mantêm-se na preferência de todos. Nossa! Quanto entretenimento agregado de valores. AFF! E dessa forma a televisão domingueira é recheada de espetáculos. Resta saber o que virá de novo. Ah já sei ! Nada.
Por Sidnei de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário