A tristeza é extremamente concreta no encerramento das cortinas do Teatro do Lago, uma estrutura que se decompõem gradativamente sem o seu devido brilho. O espaço cede lugar a destruição de um história cultural. As luzes que iluminaram vidas encenadas estão apagadas a anos. Os sonhos atuados em palco caíram no esquecimento, o descaso é o único espetáculo em cartaz, no qual a platéia sente-se condicionada ao ato. Até quando teremos que presenciar o holocausto da cultura em nossa cidade? O teatro tem a poder da formação crítica de uma sociedade, o teatro tem a capacidade de reabilitar um indivíduo, o teatro tem o dom da cura, o teatro tem a essência da beleza, o qual nos refugia para um mundo melhor. O teatro tem ...e, poderia ter, se fosse feito algo! Seria possível expressar aqui nessas entrelinhas muitos benefícios que a arte teatral dispõem a uma sociedade, entretanto muitos personagens estão sendo mortos, sem ao menos terem vividos o prazer de uma cena. As vozes que transfiguraram felicidades e tristezas, não mas se ouvem, apenas vive presa em um calabouço de solidão. "Teatro lago" do município de Cascavel foi idealizado em 1990 por Constantino Viaro, da Fundação Teatro Guaíra, no qual surgiu como uma opção de baixo custo ofertando assim, espaços cênicos e culturais alternativos, mas não passa hoje de um baracão prestes a desabar que vive a mercê do tempo. Aos personagens esquecidos resta presenciar o desabamento, ou aos que ainda tem um suspiro de esperança, o grito que hoje se encontra entalado na garganta, é a melhor arma para propagar um fim a este desprezo.
Colaborador do INSERT: Sidnei de Oliveira
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