O culto à beleza sempre esteve embasado na evolução humana e, devido a isso os padrões sofreram mutações, da qual ditou modelos ideais a serem adotadas. Para almejar a perfeição, várias tentativas foram feitas, fazendo a humanidade utilizar-se de diversos artifícios e produtos. Os Gregos iniciaram a idolatria pelo corpo em homenagem ao Deus supremo, para eles cada idade tinha sua beleza própria e a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição na força física. A estética, o físico e o intelecto faziam parte da busca para perfeição, sendo que um belo corpo era tão importante quanto uma mente brilhante.Nas mitologias fenícia e grega Adônis era um jovem tido como modelo de beleza masculina de extrema carisma. "O belo surge, pouco a pouco, de muitos números", afirmava Policleto de Argos (480-420 a.C.), um dos mais notáveis escultores gregos. "A beleza não consiste nos elementos, mas na harmoniosa proporção das partes; de um dedo a outro; de todos os dedos ao resto da mão; de cada parte a outra", dizia Galeno (131-210 d.C.), um dos pais da medicina romana. A idéia de beleza corporal como simetria, da Antiguidade clássica, atravessou a Idade Média. Santo Agostinho (354-430) definia beleza como "a proporção entre as partes acompanhada de certa doçura de colorido". Essa ideia chegou à Renascença e pode-se dizer que continua valendo até hoje. No final do século XIX a cosmética já estava consolidada como um dos negócios mais lucrativos. A higiene tornando-se mais freqüente e a emancipação da mulher foram fatores primordiais para que a indústria investisse cada vez mais em sabonetes, xampus, cremes, batons e outros produtos e tratamentos de beleza, que venceram preconceitos, saíram das telas hollywoodianas e chegaram até as donas de casa. Mas atualmente não se pode afirmar que a vaidade é um atributo apenas feminino, pois nos homens despertou o interesse pela aparência eliminando de vez o paradigma de macheza. Com isto o mercado estético oferta tratamentos no segmento para atender as necessidades dos metrosexuais, (denominação feita aos homens vaidosos, que consomem as técnicas de serviços estéticos). O importante é salientar que a beleza não deve ser tida como algo exagerado, assim como a busca da juventude eterna, pois enfatizar um pedido insensato pode custar a vida, proeza muito bem representada pela literatura inglesa na obra de Oscar Wilde “O retrato de Dorian Gray”, no qual o protagonista dispõe da alma em troca do desejo de se manter jovem, paradoxalmente o destino o revela cruamente a sua leviandade e a ele restou a punição. É lógico que certos cuidados com a aparência são louváveis, pois o importante é o bem estar. O INSERT sugere a vaidade de forma moderada.
Colaboradores do INSERT:
Sidnei de Oliveira
Thyago Mendes - pauta.
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